Batata-quente

Crise nos transportes públicos em São Paulo, milhões de pessoas prejudicadas, caos urbano. E o que fizeram nossas autoridades? Brincaram de batata-quente. A prefeitura, responsável pelos ônibus municipais, queria transferir a qualquer custo a culpa para o governo do estado, da oposição.

O brilhante banana Haddad foi dar uma entrevista no programa do Datena e ficou falando o quão maravilhoso estava o sistema de ônibus, e colocando a culpa nos trens e metrô, que não tinham nada a ver com a confusão. Depois brigou com o apresentador pois o mesmo disse que não via o transporte público na cidade com essa qualidade, e cobrou uma posição do prefeito.

O secretário municipal dos transportes e o estadual de segurança ficaram empurrando um para o outro a culpa dos transtornos causados pelos motoristas de ônibus que bloqueavam as avenidas, seguindo a cartilha de seus partidos. O TRT e o sindicato lavaram as mãos pois o primeiro só negocia com o sindicato e o segundo alegou que as paralisações nada tinham a ver com a liderança do sindicato.

Enquanto os poderes ficavam brincando de batata-quente, jogando a batata e gritando "queimou" pra ver se a bomba estourava do outro lado. Enquanto isso, o caos permanecia, sem perspectiva de solução, e quem se ferrou foi a população. Em ano de eleição, ninguém quer resolver problema, mas sim criar problema pra oposição. De problema em problema, estamos cada dia pior. Não existe comando em lugar nenhum.

Limpeza de barra à jato

Pois é, meus amigos, a Operação Lava Jato acabou de passar por uma limpeza de barra à jato. Nosso querido ministro do STF, Teori Zavascki, o mesmo que livrou os mensaleiros do crime de formação de quadrilha, acaba de liberar vários dos acusados de participarem da Operação Lava Jato (aquela que prendeu o doleiro Alberto Youssef, amiguinho de vários poderosos em esquemas que podem chegar a desvios de mais de 10 bilhões de dólares).

É isso: o ministério público e a polícia federal gastam meses investigando, coletando provas e descobrindo as ligações do esquema para conseguir prender os envolvidos nesses esquemas de corrupção que envolvem pessoas do alto escalão do governo e somas vultuosas para um ministro, numa canetada, liberar todo mundo. Daí, o processo se arrasta por décadas no legislativo, todas as penas prescrevem, ninguém é preso, nenhum dinheiro é devolvido. No Brasil, o crime de colarinho branco sempre compensa.

Haddad destrói a Virada Cultural em São Paulo

A Virada Cultural em São Paulo chegou à sua décima edição de forma lamentável. Gastos muito maiores que as edições anteriores se reverteram em um número menor de atrações, pouquíssimas atrações de peso, e cada vez mais problemas.

A organização, péssima, lotou as ruas do centro com cavaletes mal posicionados, atrapalhando o fluxo de pedestres, mas permitindo o fluxo de veículos nas ruas próximas ao palcos principais. Fora a tradicional bebedeira, o abuso dos vendedores ambulantes, a sujeira, o desrespeito com o patrimônio público (pessoas subindo nas lixeiras, quebrando-as), o policiamento foi pífio e os arrastões se multiplicaram. Várias cenas de violência acontecendo na frente das câmeras e ninguém tomava uma atitude. Fora o saldo triste de três baleados e dois esfaqueados.

O prefeito de São Paulo, Miguel Haddad, nem comentou o assunto neste ano. Desde que a administração petista assumiu a prefeitura, os gastos e as tragédias cresceram assustadoramente, enquanto a quantidade e a qualidade as atrações diminuiu dramaticamente. Em dois anos, o prefeito praticamente destruiu tudo que as administrações anteriores construíram, e São Paulo está prestes a perder essa atração cultural tão especial.

A partir de hoje, paulistanos começam a beber água com cocô

Graças à brilhante atuação do governador Alckmin nos últimos anos, metade dos paulistanos vai começar a consumir a água do volume morto, ou seja, vão beber água com cocô, restos de cadáveres, metais pesados e outras porcarias. Tudo isso é fruto da incompetência, pois já faz tempo que os técnicos apontam que sem investimento no sistema Cantareira, ia faltar água um dia. Chegou esse dia, já que ninguém fez nada.

Espero que pelo menos o investimento em saúde esteja em dia para lidar com o grande surto de doenças que irá acontecer, hahahahaha.